Campanha de Flávio Bolsonaro e Nikolas arrecada R$ 1 milhão para famílias de policiais mortos em megaoperação

Uma campanha de arrecadação voluntária lançada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), com apoio do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), superou a marca de R$ 1 milhão em doações destinadas às famílias dos quatro policiais mortos durante a megaoperação policial nos complexos da Penha e do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro. Batizada de “Heróis do Rio: Apoio às famílias dos policiais tombados”, a iniciativa mobilizou apoiadores nas redes sociais e superou sua meta inicial de R$ 400 mil em menos de 24 horas.

A vaquinha virtual foi lançada no domingo (2) e rapidamente ganhou tração, em meio à comoção pública com os desdobramentos da operação, considerada a mais letal da história do estado. Segundo balanço do governo fluminense, 121 pessoas morreram na ação conjunta das polícias Civil e Militar, entre elas quatro agentes de segurança pública.

Os policiais foram atingidos em confrontos com criminosos ligados à facção Comando Vermelho (CV), durante a ofensiva que visava capturar lideranças da organização e conter sua expansão territorial. Segundo o governador Cláudio Castro (PL), a operação foi necessária diante do crescente poder bélico e territorial da facção.

“Esses policiais deram a vida por nós. O mínimo que podemos fazer é garantir amparo e respeito às suas famílias”, declarou Flávio Bolsonaro nas redes sociais, ao divulgar o link da campanha. O senador também criticou a ausência de apoio federal à operação, e cobrou uma postura mais firme do governo Lula no combate ao crime organizado.

A rápida adesão à campanha de doações é vista por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro como um sinal de apoio popular à atuação das forças de segurança do estado, em contraste com a postura de setores do governo federal e de entidades de direitos humanos, que vêm questionando a letalidade da operação e cobrando investigações sobre abusos.

A oposição no Congresso tem pressionado o Planalto por uma posição mais clara em relação ao combate às facções. Críticos apontam que a reação do governo Lula à crise de segurança no Rio tem sido tardia e marcada por discurso ambíguo. A criação de um escritório emergencial de combate ao crime organizado, anunciada dias após a operação, foi interpretada por parlamentares de direita como uma resposta “em tom de crise”, e não como parte de uma estratégia preventiva de segurança.Coisas para fazer perto do Rio de Janeiro

Os corpos dos quatro policiais mortos foram levados ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, e posteriormente encaminhados para velório e sepultamento. As cerimônias foram acompanhadas por familiares, colegas de farda e autoridades locais. A comoção se espalhou também nas redes sociais, com manifestações de solidariedade e pedidos de justiça.

Além dos policiais mortos, outros agentes ficaram feridos na ação, que também resultou na prisão de 113 pessoas e na apreensão de grande quantidade de armamento, incluindo 93 fuzis — um dos maiores registros em uma única operação no estado.

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