Prestes a completar 100 dias em prisão domiciliar nesta quarta-feira (12), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou ao centro das mobilizações de sua base política. Desde agosto, Bolsonaro cumpre medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), com uso de tornozeleira eletrônica e restrições a comunicação e deslocamento.
Nas redes sociais, filhos e aliados intensificaram manifestações públicas pela libertação do ex-chefe do Planalto.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o pai é alvo de uma tentativa de silenciamento político:
“Faz 100 dias que o maior líder político do Brasil está preso e censurado, sem acusação ou sentença. O sistema cala Jair Bolsonaro porque sabe que ele é o nome mais forte para a eleição de 2026. Libertem Bolsonaro.”
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), por sua vez, relacionou o episódio à tentativa de assassinato contra o ex-presidente em 2018:
“A não solução da tentativa de assassinato de Jair Bolsonaro […] mostra que o país foi tomado. E, tristemente, já somos piores que uma Venezuela”, escreveu em sua conta no Instagram.
Já Jair Renan Bolsonaro (PL-SC) pediu por anistia:
“Anistia Já! Libertem todos os presos políticos!”, postou no X.
Entre figuras de maior alcance da direita, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou:
“Maduro fez escola. Único jeito de impedir sua vitória é o prendendo ou matando. Canalhas.”
O líder da oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), classificou a prisão como um desvio do sistema democrático:
“Cem dias sem liberdade, sem justiça, sem direitos. Quando a Justiça se afasta da lei, a democracia deixa de ser plena. E um país sem democracia é um país sem liberdade.”
Com o julgamento dos últimos recursos da defesa entrando na fase final, aliados avaliam que Bolsonaro pode ser transferido para cumprir pena em regime fechado, caso o processo transite em julgado. Como revelou a imprensa, o ministro Alexandre de Moraes teria solicitado avaliação de instalações no Complexo da Papuda e no batalhão da Polícia Militar conhecido como “Papudinha”, considerado o destino mais provável caso seja determinada transferência — ainda que temporária.
Nos bastidores, aliados acreditam que, mesmo que a prisão em regime fechado seja decretada, Moraes poderá reavaliar a situação de saúde do ex-presidente e restabelecer a prisão domiciliar em seguida.
