A discussão sobre o GRANITE Act, proposta legislativa que nasceu em Wyoming e já é tratada como potencial projeto federal nos Estados Unidos, acendeu um alerta em Brasília. O texto pretende eliminar a imunidade soberana de governos estrangeiros em casos que envolvam censura de conteúdos publicados em território americano, autorizando indenizações mínimas de US$ 10 milhões, com possibilidade de triplo do valor em decisões judiciais.O objetivo declarado é dificultar que autoridades estrangeiras tentem exportar seus modelos de controle de discurso para plataformas e cidadãos localizados nos EUA. E, embora o projeto não cite países, parlamentares, juristas e entidades de direitos civis norte-americanas já apontam uma origem do problema: as decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.Nos últimos meses, o Brasil determinou bloqueios, remoções de perfis e restrições a plataformas americanas, como Rumble, sob justificativas de combate à desinformação. Para setores políticos nos EUA, a medida representa interferência direta contra a Primeira Emenda, que protege amplamente a liberdade de expressão.O GRANITE Act, portanto, surge como resposta institucional para barrar efeitos extraterritoriais de decisões que afetem empresas e usuários norte-americanos:
“Se um governo estrangeiro quiser censurar cidadãos nos Estados Unidos, que pague caro por isso”, defendem os autores.A proposta também ampliaria mecanismos para que empresas de tecnologia resistam ao cumprimento de ordens estrangeiras que violem direitos constitucionalmente garantidos nos EUA.Enquanto o debate avança em Washington, o Supremo brasileiro acumula crises internas que alimentam a percepção de abuso de poder e de blindagem institucional.O caso mais recente envolve o ministro Dias Toffoli.Segundo revelou O Globo, o magistrado viajou em avião particular para assistir à final da Copa Libertadores, em Lima, ao lado de um advogado ligado ao Banco Master — alvo de investigação sigilosa no próprio STF.Dias depois, Toffoli:
- assumiu o caso
- impôs sigilo máximo aos processos
- determinou que qualquer nova diligência só ocorra com sua autorização pessoal
“uma pandemia de lobby judicial no Brasil” que deteriora a credibilidade da Justiça










