Por: Paulo Silva
Num cenário político brasileiro onde as divisões e a polarização parecem dominar o discurso público, a cidade de Pojuca tem experimentado um sopro de renovação sob a liderança do prefeito Luiz Trinchão, carinhosamente conhecido como Luizinho. Em menos de um ano à frente do Executivo municipal, ele tem mostrado, na prática, que um caminho alternativo é possível – um caminho construído sobre diálogo, empatia e respeito mútuo. Esta não é uma narrativa que busca desvalorizar a gestão anterior, que teve seus méritos, mas sim uma reflexão objetiva sobre como a postura de um líder pode transformar o ambiente político e reconectar o poder público com as pessoas..
Da improbabilidade à vitória
A trajetória de Luizinho já começou surpreendendo. Em outubro de 2023, poucos acreditavam que ele poderia se candidatar as eleições. Seu nome não figurava nas projeções iniciais, e a concorrência dentro de seu próprio grupo político era acirrada. No entanto, as urnas trouxeram uma reviravolta, elegendo um homem que viria a quebrar paradigmas. Desde o primeiro dia, Luizinho trouxe uma mensagem clara: “adversário não é inimigo”. Essa filosofia tem guiado cada passo de sua administração, provando que a serenidade e a capacidade de articulação podem substituir o conflito constante.
Desmontando estruturas e aproximando pessoas
Logo após assumir, um gesto simbólico marcou o tom de sua gestão: a posse foi realizada no bairro Los Angeles, uma das áreas mais carentes do município. Mais do que uma escolha de local, foi uma declaração de que sua administração começaria junto à população, priorizando a proximidade e a inclusão. Essa mesma lógica se repetiu em outras ocasiões, como na comemoração de seu aniversário, realizada em uma comunidade necessitada, e na descentralização de eventos tradicionais, como o Arraiá do Juca e o Dia das Crianças. Dessa forma, Luizinho tem levado a presença do poder público a todos os cantos da cidade, promovendo um sentimento de pertencimento e igualdade.
Outra mudança significativa ocorreu durante as festas municipais. O prefeito abriu mão do camarote exclusivo para autoridades – um espaço antes restrito que gerava confusões e distanciamento – e o destinou a pessoas com dificuldade de locomoção, idosos e cidadãos com necessidades especiais. As autoridades passaram a ficar entre o público, em um ato simples, mas profundamente simbólico de que todos devem compartilhar os mesmos espaços e experiências. Essa atitude tem sido percebida pelos moradores, que avaliam a gestão como “totalmente diferente”, substituindo a tensão política por convivência pacífica e colaboração.
De adversários a aliados
Um dos momentos mais emblemáticos dessa nova postura foi a participação de Luizinho no bloco junino do vereador Betão, até então considerado adversário político do antigo gestor. Esse gesto de aproximação reverberou positivamente e abriu portas para reconciliações. Nomes como a vereadora Gerusa Laudano, Fábio das Virgens, o ex-vereador Neném, o vereador Robe e o líder político Florzão e outras lideranças locais passaram a apoiar o prefeito, demonstrando que é possível transformar adversários em aliados quando há boa-fé e disposição para ouvir.
Internamente, uma nova liderança
Como toda mudança significativa, essa nova forma de fazer política também gera desconforto. Circulam rumores de insatisfação dentro do próprio grupo político. Afinal, o sucesso tende a provocar reações. Luiz Trinchão, antes visto como coadjuvante, consolida-se agora como protagonista, demonstrando ideias próprias, liderança natural e autonomia na gestão.
“O sucesso incomoda”, observam alguns analistas locais. Mas, nesse caso, o incômodo é sinal de movimento — e Pojuca está em movimento.
Um novo momento para a política
Em pouco tempo, Luizinho Trinchão transformou a desconfiança em credibilidade. Superou adversidades, inclusive uma significativa perda familiar durante a pré-campanha eleitoral, e as especulações sobre sua desistência da disputa, considerada certa por alguns integrantes de seu próprio grupo. Agora, ele avança para consolidar seu lugar na história como um dos principais prefeitos de Pojuca. Seu legado mais relevante, até o momento, não é uma obra física, mas um novo modo de governar: sem animosidades, com humildade e foco no essencial, inaugurando uma era em que o poder serve como instrumento de reconciliação, desenvolvimento e respeito mútuo.
O resultado é um novo ambiente na cidade — mais leve, esperançoso e participativo.
Reflexão final
A política, quando movida pela vaidade, destrói pontes.
Quando orientada pela consciência, reconstrói caminhos.
Luiz Trinchão tem demonstrado que é possível exercer a política sem ódio, rancor ou revanchismo.
Pojuca começa a viver um período em que o diálogo substitui o conflito e o respeito se torna a nova expressão de poder.
Que prossiga dessa forma — com firmeza, serenidade e humildade — pois toda a cidade se beneficia.











