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Em meio à turbulência política e administrativa, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) enfrenta um novo desafio: o reembolso de descontos indevidos de aposentados e pensionistas. De acordo com o balanço divulgado pelo próprio INSS, cerca de 2,1 milhões de aposentados solicitaram reembolso, totalizando um valor estimado de R$ 292 milhões. Este montante deve ser devolvido aos beneficiários por meio do pagamento regular, com previsão de conclusão até o dia 6 de junho.
O processo de reembolso começou nesta segunda-feira, 26, e é facilitado por dois canais de atendimento. O primeiro é o aplicativo ‘Meu INSS’, disponível para Android e iOS, que oferece uma solução rápida e conveniente para os beneficiários. O segundo canal é a central de atendimento, acessível através do número 135, proporcionando suporte para aqueles que preferem ou necessitam de assistência telefônica.
É importante notar que, entre os beneficiários que solicitaram reembolso, apenas 47,5 mil reconheceram ter autorizado os descontos em suas contas. Este fato sugere que a grande maioria dos casos de reembolso se deve a erros administrativos ou fraudes. Além disso, 41 entidades associativas foram contestadas nos primeiros 11 dias de atendimento, indicando que a situação afetou não apenas indivíduos isolados, mas também organizações representativas de aposentados e pensionistas.
A queda do ministro Carlos Lupi (PDT) no início de maio, após a revelação do esquema de descontos indevidos, marcou o início de um período de instabilidade no Ministério da Previdência Social. Sua saída foi seguida pela nomeação de Wolney Queiroz, também do PDT, como novo ministro. Esta mudança de comando ocorre em um momento crucial, quando o governo precisa lidar com a complexa tarefa de corrigir erros e restabelecer a confiança dos cidadãos na gestão dos benefícios previdenciários.