Por Janaína Teixeira
A ausência de serviços de castração animal em Catu tem sido fonte de insatisfação entre os moradores e preocupação para as organizações de proteção animal. Embora haja uma demanda crescente por políticas que visem o controle populacional de cães e gatos, o município não oferece o serviço, comprometendo tanto o bem-estar animal quanto a saúde pública.
Segundo relatos da população, a falta de campanhas de castração agravou o problema de animais abandonados nas ruas. “Eu tentei levar meu gato para castrar, mas fui informada de que o serviço não está mais disponível. Não sei como vou pagar por isso de forma particular”, lamenta a moradora Lucineia.
Especialistas enfatizam que a castração é uma medida essencial para reduzir a reprodução descontrolada e prevenir doenças, além de ser uma alternativa econômica para evitar gastos futuros com animais em situação de rua. A omissão do município neste serviço contraria os princípios da Lei nº 13.426/2017, que estabelece a política de controle da natalidade de cães e gatos no Brasil.
As organizações de proteção animal da cidade têm tentado suprir a carência por meio de ações voluntárias, mas afirmam que a demanda é muito maior do que os recursos disponíveis. “Precisamos de uma política pública estruturada para atender a população e garantir o cuidado com os animais”, afirma o técnico em agropecuária Gustavo Mendes.
Os moradores e ativistas aguardam uma resposta do poder público sobre o motivo da paralisação do serviço e cobram a retomada das castrações. Enquanto isso, o número de animais nas ruas continua a crescer, agravando um problema que precisa de uma solução imediata.