Foto: Catu Notícias
Na última terça-feira dia 29 de abril, na Câmara de Vereadores da cidade de catu, ocorreu a segunda votação em sessão ordinária para a discussão do Projeto de Lei 07/2025 proposto pela Mesa Diretora que trata da “proibição, manuseio, utilização, queima e soltura de fogos de artifício e pirotecnia em ambientes fechados, e abertos, áreas públicas e privadas município de Catu”.
Com a unânime decisão, autoridades políticas, judiciárias e ativistas das causas animais de Catu – Ba comemoraram o resultado da sessão e aguardam ansiosos para a que o executivo municipal sancione a Lei.
Entre a Tradição e o Risco: O Duplo Lado dos Fogos de Artifício

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A recente aprovação da medida, que visa proteger pessoas sensíveis ao barulho, animais e o meio ambiente, traz à tona a necessidade de refletirmos sobre um tema tão relevante quanto controverso em nossa sociedade. Afinal, como equilibrar a preservação de uma tradição cultural com os riscos e impactos associados a ela?
Os fogos de artifício estão profundamente enraizados na cultura popular de diversos países, incluindo o Brasil. Associados a momentos de celebração, eles marcam passagens importantes como a virada do ano, festas religiosas, eventos esportivos e aniversários de cidades. O barulho e o brilho no céu são vistos por muitos como símbolos de alegria, renovação e esperança.
No Brasil, é difícil imaginar um Réveillon sem o tradicional espetáculo pirotécnico à meia-noite. Cidades como Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo atraem milhares de pessoas para assistir aos shows de fogos que iluminam o céu e são transmitidos ao vivo para todo o país. Em festas juninas, a tradição se intensifica nas regiões Norte e Nordeste, onde o uso de fogos também é ligado a devoções religiosas, especialmente a Santo Antônio, São João e São Pedro.
Contudo, Segundo dados da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), milhares de pessoas são atendidas todos os anos em hospitais por lesões causadas por fogos de artifício. Em sua maioria, as vítimas são crianças e adolescentes.
Além disso, a poluição sonora desencadeada pela soltura de fogos leva desconforto para animais, idosos e pessoas com TEA, também perturbando áreas que contém instituições que prestam serviços a saúde. Além disso, a prática pode apresentar uma ameaça a integridade física ao indivíduo exposto.
O impacto também é sentido na fauna silvestre. Aves abandonam ninhos e filhotes, e mamíferos entram em estado de pânico. Já do ponto de vista ambiental, os resíduos dos fogos contêm metais pesados e substâncias tóxicas que poluem o solo, o ar e a água.
Fonte: Catu Notícias