Com mais de 93 mil casos prováveis de dengue e 11 mortes confirmadas, além de 104 em investigação, apenas nas primeiras semanas de 2025, o Ministério da Saúde intensificou a campanha de conscientização e combate a arboviroses. O verão é um período de grande preocupação com surtos de viroses, devido às condições climáticas favoráveis à propagação desses patógenos. As altas temperaturas e a alta umidade associadas ao aumento da circulação de pessoas em locais públicos, como praias e eventos, aumentam significativamente o risco de contágio.
As viroses apresentam sintomas característicos, como febre, diarreia, dor de cabeça e cansaço, exigindo atenção especial para evitar complicações, especialmente em grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com condições preexistentes. É crucial adotar medidas preventivas, como reforçar cuidados com a higiene, manter uma hidratação adequada e evitar contato com pessoas infectadas para manter a saúde em dia durante o verão.
Segundo a Coordenadora da Vigilância Epidemiológica da cidade de Pojuca, Bartira Regis, infecções gástricas e arboviroses são comuns durante o verão, reforçando a importância de se manter atento às recomendações de prevenção e cuidados com a saúde.

A situação de saúde pública está preocupante após as chuvas intensas, pois muitas casas abandonadas acumularam água, que, com o calor do verão, pode gerar consequências graves. A água parada em tanques, piscinas e outros locais cria um ambiente favorável ao crescimento de bactérias e vírus, como a arbovírose. É fundamental que a população informe a vigilância epidemiológica sobre residências com água acumulada para intensificar as visitas e aplicar venenos e medidas de controle para bloquear a transmissão dessas doenças.
De acordo com Bartira Regis, além da dengue, outras doenças associadas ao período de chuvas exigem atenção, como a leptospirose, transmitida pela urina de ratos, e várias doenças diarreicas causadas por água e alimentos contaminados. É crucial que as pessoas estejam atentas a sintomas como febre, dor corporal, diarreia, dor abdominal e fraqueza muscular, que podem ser semelhantes às arboviroses. É fundamental procurar imediatamente uma unidade de saúde, evitando a automedicação, pois isso pode dificultar o trabalho da vigilância epidemiológica e dificultar o rastreamento de áreas de risco.

Preocupação com a resistência à visita
A recusa dos moradores em permitir a entrada de agentes de endemias para realizar visitas e vistorias é um problema preocupante. Segundo relatos dos profissionais, a desconfiança aumenta à medida que as visitas se tornam mais frequentes. A principal barreira para a realização dessas inspeções é a burocracia, que impede os trabalhadores de acessar os pontos de risco.
A principal causa da recusa é a suspeita de que a visita seja um golpe ou tentativa de assalto. Nesse caso, é crucial verificar a identidade do agente, que deve estar devidamente identificado com colete e crachá. Se persistir a dúvida, os moradores podem verificar a matrícula do profissional pelo telefone 71 99190-0181, da VIEP (Vigilância Epidemiológica).
Para evitar problemas, os moradores podem dedicar um dia da semana à limpeza geral do pátio, procurando focos do mosquito ou áreas com água acumulada. Segundo Bartira Regis, essa medida é fundamental para prevenir a proliferação do mosquito e garantir a segurança dos residentes.